Os cosméticos surgiram no Oriente, na Antiguidade e se espalharam pelo resto do mundo. Usavam-se óleos, essências de rosa e de jasmim e tinturas para os cabelos.
Os primeiros registros da utilização de cosméticos datam no Egito antigo. Os egípcios pintavam os olhos para evitar a contemplação direta do deus Sol, recorrendo a gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de cremes para a pele.
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| Cleópatra (69 a.C./30 a.C), última rainha do Egito, incorporou a beleza eterna, um símbolo para a cosmetologia. |
Na antiga Grécia, o blush, feito com amoras e algas marinhas, substâncias naturais, tinha sua cor extraída do cinabre (sulfeto de mercúrio), um mineral vermelho. Era usado nos lábios como batom, onde era mais facilmente ingerido podendo causar envenenamento.
O costume de pintar as unhas nasceu na China, no século III a.C. As cores do esmalte indicavam a classe social do indivíduo. Os reis pintavam as unhas com as cores preta e vermelha, depois substituídas pelo dourado e pelo prateado.
A alta sociedade de Roma tomava banhos com leite de jumenta para embelezar a pele.
Na Idade Média, o açafrão servia para colorir os lábios; o negro da fuligem, para escurecer os cílios; a sálvia, para clarear os dentes; a clara de ovo e o vinagre, para aveludar a pele. Mas os cosméticos enfrentaram vários obstáculos ao longo da história. Uma lei grega do século II proibia que as mulheres escondessem sua verdadeira aparência com maquiagem antes do casamento.
A legislação adotada pelo Parlamento britânico em 1770, permitia a anulação do casamento se a noiva estivesse de maquiagem, dentadura ou cabelo falso.
Nos anos seguintes, no entanto, a maquiagem pesada tomou conta da Inglaterra e da França. Até que a febre passou após a Revolução Francesa. Só se admitia que pessoas mais velhas e artistas de teatro usassem.
Em 1880, a maquiagem reconquistou as mulheres e nascia a moderna indústria de cosméticos. É somente no século XX, com os avanços da indústria química fina, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral.
Na década de 70 as cores de maquiagem tornaram-se populares, acompanhando as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa. Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca.
E é no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. Hoje podemos nos beneficiar do produto que colore e trata a pele, limpa, perfuma e protege os cabelos, como nunca antes na história da humanidade.
Já nos anos 90 o tempo entre a aplicação do cosmético e o aparecimento do efeito prometido na bula diminui de 30 dias para menos de 24 horas. Surgem os cosméticos multifuncionais, como batons com protetor solar e hidratantes que previnem o envelhecimento.
Entrando no século XXI, fica cada vez mais claro os benefícios dos cosméticos sobre a pele, cabelos e unhas, surgem então, a denominação “cosmecêutico” que remete a um produto de tecnologia mais avançada e consequente ação fisiológica comprovada. Tudo leva a crer que o combate ao envelhecimento está sendo vencido, as pesquisas avançam na direção da descoberta de matérias-primas cada vez mais eficazes atuando na qualidade celular e do rejuvenescimento sem intervenção cirúrgica.

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